Autor: King post

  • Caso Odebrecht: ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, é condenado a 20 anos de prisão

    Caso Odebrecht: ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, é condenado a 20 anos de prisão

    Em uma decisão de grande impacto na política peruana, o ex-presidente Alejandro Toledo foi condenado nesta segunda-feira (21) a 20 anos e seis meses de prisão. A sentença, proferida pelo Segundo Juizado Colegiado da Corte Superior Nacional de Justiça Penal Especializada, marca um ponto crucial na luta contra a corrupção no país. Toledo foi acusado de conluio agravado e lavagem de dinheiro no escândalo envolvendo a Odebrecht, uma das maiores construtoras do Brasil.

    O julgamento, acompanhado de perto pela mídia internacional, revela o envolvimento de Toledo em um esquema de suborno em que ele teria favorecido a Odebrecht na concessão de contratos para os trechos 2 e 3 da Rodovia Interoceânica Sul, recebendo, em troca, uma propina de 35 milhões de dólares. Esse caso é parte de um escândalo global que abalou governos em toda a América Latina, expondo como projetos de infraestrutura foram usados para desviar recursos e lavar dinheiro.

    O advogado de Toledo, Roberto Su, anunciou que recorrerá da sentença, destacando que a batalha legal ainda não terminou. No entanto, a condenação já é vista como um marco histórico no combate à impunidade, com o promotor José Domingo Pérez reforçando que a decisão envia “uma mensagem clara de que a corrupção não ficará impune”.

    A condenação de Toledo, que governou o Peru de 2001 a 2006, agrava a crise política no país, que já enfrentou a prisão e julgamento de outros ex-presidentes, como Alberto Fujimori e Pedro Castillo. O episódio evidencia a necessidade urgente de reformas no sistema político peruano, que luta para reconquistar a confiança pública e estabilizar a economia em meio a sucessivas denúncias de corrupção.

    A extradição de Toledo dos Estados Unidos para o Peru também sublinha a importância da cooperação internacional no combate a crimes financeiros. O sistema judiciário peruano, ao lidar com casos de alta complexidade como esse, reforça sua posição na aplicação rigorosa da lei e no enfrentamento à corrupção sistêmica.

  • Caso Diddy: Famosos Ligados ao Escândalo do Rapper e Suas Conexões na Indústria Musical

    Caso Diddy: Famosos Ligados ao Escândalo do Rapper e Suas Conexões na Indústria Musical

    Sean “Diddy” Combs, um dos executivos mais influentes da indústria do hip-hop, está no centro de um dos maiores escândalos recentes da música. O rapper, magnata e dono do selo Bad Boy Records, foi preso no último dia 17 de setembro de 2024, acusado de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente, mas permanece preso, aguardando julgamento, sem direito à fiança.

    Diddy, conhecido por “descobrir” grandes nomes da música, como Usher, Mary J. Blige e Notorious B.I.G., sempre esteve cercado de celebridades. Agora, essas mesmas conexões estão sendo escrutinadas à medida que novas revelações sobre o caso vêm à tona.

    As Acusações Contra Diddy

    O processo contra o rapper aponta que ele “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor” ao longo de décadas, usando seu poder e influência para encobrir seus crimes. O império de Combs teria sido utilizado para controlar e manipular vítimas e associados.

    Com as investigações em andamento, alguns nomes já foram mencionados, tanto formalmente nos processos quanto pela mídia internacional. Aqui estão as principais figuras conectadas ao caso de Sean “Diddy” Combs.

    Celebridades Ligadas ao Caso

    Cassie Ventura

    A cantora Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy, é uma das figuras centrais no caso. Ela tinha 19 anos quando conheceu o rapper, então com 37, e os dois mantiveram um relacionamento conturbado até 2018. Em 2023, Cassie entrou com um processo contra Diddy por agressão sexual. A cantora alegou que foi vítima de abuso durante o relacionamento.

    Em maio de 2024, um vídeo que mostrava Diddy agredindo Cassie foi divulgado. O caso foi resolvido fora dos tribunais, mas desencadeou uma série de novas denúncias contra o rapper, aprofundando as investigações sobre seu comportamento.

    Cuba Gooding Jr.

    O ator Cuba Gooding Jr. também foi mencionado no processo movido por Rodney “Lil Rod” Jones, antigo produtor de Combs. Jones acusou Diddy de drogá-lo e assediá-lo sexualmente. Em 2023, Combs teria apresentado Jones a Cuba Gooding Jr. durante uma festa em um iate. Segundo a acusação, Gooding teria agredido sexualmente Jones após a saída de Diddy.

    Gooding já enfrentou outras acusações de abuso sexual, incluindo um processo por estupro resolvido fora dos tribunais.

    Yung Miami

    A rapper Yung Miami, ex-namorada de Diddy, foi citada no processo como parte de um esquema organizado pelo rapper. De acordo com Jones, Yung Miami recebia pagamentos mensais para trabalhar como “profissional do sexo” para Combs e até teria transportado drogas para ele em um avião particular. A prima da rapper também é acusada de ter agredido sexualmente Jones em 2022.

    Outras Figuras Envolvidas no Processo

    Além das personalidades já mencionadas, a ação movida por Jones inclui uma série de outras figuras ligadas a Combs, como:

    • Justin Dior Combs, filho de Diddy.
    • Lucian Charles Grainge, presidente-executivo da Universal Music Group (UMG).
    • Ethiopia Habtemariam, ex-executiva da Motown Records.
    • Kristina “KK” Khorram, chefe de gabinete de Diddy.

    Esses nomes estão diretamente ligados ao império de Combs e podem ser implicados conforme o caso se desdobra.

    Conexões com Celebridades e Figuras de Alto Escalão

    O poder de Sean “Diddy” Combs sempre lhe garantiu acesso privilegiado a eventos e círculos exclusivos, onde celebridades, políticos e até membros da realeza frequentavam. Um dos exemplos citados no processo de Jones envolve o príncipe Harry. Embora Harry não seja acusado de nenhum crime, seu nome foi mencionado para demonstrar as altas conexões que Diddy mantinha em suas festas e eventos.

    Outros Famosos Ligados a Diddy

    Jennifer Lopez

    A cantora e atriz Jennifer Lopez teve um relacionamento muito midiático com Diddy entre 1999 e 2001. Durante esse período, os dois estiveram envolvidos em um incidente em uma boate de Manhattan que resultou na prisão do rapper. Diddy foi acusado de porte de armas, mas foi absolvido. Embora Lopez não tenha comentado o escândalo recente, ela esteve ao lado de Diddy durante alguns dos momentos mais controversos de sua vida.

    50 Cent

    O rapper 50 Cent é um antigo crítico de Diddy e os dois mantêm uma rivalidade pública há anos. Em várias ocasiões, 50 Cent acusou Diddy de envolvimento nas mortes de Notorious B.I.G. e Tupac Shakur. Após as novas acusações contra Combs, 50 Cent voltou às redes sociais para criticar o antigo rival e anunciou planos de produzir um documentário sobre os casos de abuso relacionados a Diddy.

    Jay-Z

    Jay-Z tem uma longa história de amizade com Diddy, mas, recentemente, foi criticado por colegas da indústria por seu silêncio sobre o escândalo. Nicki Minaj e 50 Cent questionaram Jay-Z nas redes sociais, insinuando que ele teria conhecimento dos abusos cometidos por Diddy. Até o momento, Jay-Z não foi citado nas investigações e não fez comentários públicos sobre o caso.

    Naomi Campbell

    A supermodelo Naomi Campbell é amiga de Diddy há muitos anos. Ela organizou uma festa de aniversário para ele em novembro de 2023, mas depois das acusações de Cassie, apagou todas as fotos relacionadas ao evento de suas redes sociais. Campbell ainda não se pronunciou oficialmente sobre o escândalo.

    Usher

    O cantor Usher foi “descoberto” por Diddy nos anos 90, quando tinha apenas 13 anos. Durante uma entrevista à “Rolling Stone” em 2004, Usher revelou que, ao morar com Diddy, foi exposto a um ambiente “cheio de mulheres” e “orgias”. Embora ele não tenha feito acusações formais, esses relatos levantam questões sobre o comportamento de Diddy com jovens em seu círculo. Usher, no entanto, não comentou os desdobramentos recentes do caso.

    O Que Esperar do Caso?

    Com Diddy aguardando julgamento, o escândalo continua a evoluir. Mais celebridades podem ser mencionadas à medida que as investigações avançam. O impacto sobre sua carreira e o legado de Combs no hip-hop já é imenso, e o caso tem causado discussões profundas sobre poder, abuso e impunidade na indústria do entretenimento.

    Diddy, apesar de se declarar inocente, enfrenta uma série de acusações graves que podem resultar em uma sentença de prisão perpétua, caso seja condenado.

  • Anielle Franco Acusa Silvio Almeida de Assédio Sexual Durante Reunião Oficial

    Anielle Franco Acusa Silvio Almeida de Assédio Sexual Durante Reunião Oficial

    A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou a colegas do governo que teria sido alvo de assédio sexual por parte do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, durante uma reunião oficial em maio de 2023. Segundo Anielle, o episódio ocorreu enquanto discutiam o combate ao racismo, na sede do Ministério da Igualdade Racial, em Brasília, no dia 16 de maio.

    Durante o encontro, que contou também com a presença do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e do diretor-presidente substituto da Anac, Tiago Pereira, Silvio Almeida teria passado a mão entre as pernas de Anielle por baixo da mesa. De acordo com os relatos, a ministra terminou a reunião visivelmente desconfortável, embora os demais presentes não tenham presenciado o momento do suposto assédio.

    As denúncias contra Silvio Almeida foram divulgadas recentemente e envolvem outras mulheres, que teriam procurado o movimento Me Too para relatar casos semelhantes. A Polícia Federal já abriu um inquérito para investigar as acusações.

    Enquanto Anielle Franco ainda não se pronunciou publicamente, Silvio Almeida nega as acusações, afirmando que são parte de uma perseguição política contra ele. O Palácio do Planalto, em nota oficial, destacou que o caso será tratado com rigor e celeridade, reconhecendo a gravidade das denúncias. Nos bastidores do governo, a permanência de Almeida no cargo é vista como insustentável, embora ele tenha manifestado que não pretende deixar o posto e que, se for demitido, sairá “atirando”.

  • Empresário ligado ao Lide, fundado por Doria, é preso em operação da Polícia Federal

    Empresário ligado ao Lide, fundado por Doria, é preso em operação da Polícia Federal

    Patrick Burnett, CEO do InoveBanco, foi preso na quarta-feira (28) durante a operação Concierge da Polícia Federal. A operação investiga possíveis crimes financeiros e lavagem de dinheiro supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), utilizando bancos digitais para movimentar aproximadamente R$ 7,5 bilhões.

    Burnett, além de ser o fundador do InoveBanco, é curador de inovação no Lide (Grupo de Líderes Empresariais), uma entidade criada pelo ex-governador João Doria. De acordo com o Lide, a função de Burnett é voluntária, sem vínculo empregatício ou cargo executivo, limitando-se à proposição de temas para eventos de inovação. Ele ocupa essa posição desde maio de 2023.

    Em resposta às acusações, a assessoria do InoveBanco negou qualquer envolvimento nos crimes investigados. “A empresa nega categoricamente qualquer relação com os fatos mencionados pelas autoridades e divulgados pela imprensa, o que será comprovado ao longo do processo. Reafirmamos nossa total disposição em colaborar com as investigações”, declarou a assessoria.

    José Rodrigues, fundador do T10 Bank, também foi preso durante a operação. Ambos foram detidos em Campinas, interior de São Paulo, onde os bancos digitais têm suas sedes. O T10 Bank não se pronunciou diretamente à imprensa, mas, em nota publicada no Instagram, repudiou as acusações e reafirmou seu compromisso com a integridade.

  • Polícia Apreende Carro de Luxo de Médico Suspeito de Participar de Racha e Atropelar Pedestre no DF

    Polícia Apreende Carro de Luxo de Médico Suspeito de Participar de Racha e Atropelar Pedestre no DF

    A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu, na segunda-feira (26), uma BMW avaliada em R$ 500 mil, pertencente a um médico da rede pública de saúde, suspeito de participar de um racha que resultou no atropelamento de um pedestre. O incidente teria ocorrido na noite de quarta-feira (21), próximo à penitenciária da Papuda, em São Sebastião.

    Segundo informações da polícia, após o atropelamento, o médico Humberto de Carvalho Barbosa, de 50 anos, não acionou o socorro. Ele próprio levou a vítima ao Hospital de Base, localizado na Asa Sul. O caso foi inicialmente revelado pelo portal Metrópoles e posteriormente confirmado pela TV Globo.

    “Identificamos que o mesmo indivíduo que causou o atropelamento foi o responsável por retirar a vítima do local e levá-la ao Hospital de Base. Depois, ele ainda retirou a vítima desse hospital e a transportou para outro, cuja localização estamos investigando,” afirmou o delegado Ulysses Luz.

    A polícia ainda não conseguiu identificar a vítima do atropelamento. Um vídeo divulgado pelos investigadores mostra o médico dirigindo em alta velocidade em outra ocasião.

    O delegado Ulysses Luz informou que a BMW passará por uma perícia. Até o momento da publicação desta reportagem, o médico ainda não havia prestado depoimento à polícia.

    “Ele foi intimado e, segundo seu advogado, comparecerá à delegacia nos próximos dias para apresentar sua versão dos fatos,” acrescentou o delegado.

    Em nota, a Secretaria de Saúde informou que está colaborando com as investigações, mas não comenta processos internos relacionados a servidores. A TV Globo tentou contato com a defesa do médico, mas não obteve resposta.

    Outro Caso

    Na noite de segunda-feira (26), uma jovem de 20 anos morreu após o carro em que estava colidir com um poste na EPIA Sul, no Distrito Federal. A Polícia Civil está investigando o acidente como um possível racha.

    A vítima, Lettycia Maria Rodrigues Menezes, era passageira no veículo. O motorista, Emerson Maciel Moreira, namorado de Lettycia, sofreu fraturas no fêmur, na costela e é suspeito de traumatismo cranioencefálico. Ele foi levado ao Hospital Regional do Gama e, de acordo com a polícia, não possuía carteira de motorista.

    Henrique Vieira Cavalcante, o motorista do outro carro envolvido no suposto racha, se apresentou à delegacia, onde foi preso, mas optou por permanecer em silêncio.

    Ambos os motoristas, Emerson Maciel Moreira e Henrique Vieira Cavalcante, realizaram o teste do bafômetro, que deu resultado negativo, segundo a Polícia Civil. A delegacia do Núcleo Bandeirante indiciou os dois por homicídio culposo e participação em disputa automobilística.

  • Polícia Investiga Morte de Idoso após Erro em Quimioterapia em Belo Horizonte

    Polícia Investiga Morte de Idoso após Erro em Quimioterapia em Belo Horizonte

    A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou uma investigação para apurar a morte de Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, após um erro médico em uma sessão de quimioterapia em uma clínica localizada em Belo Horizonte. Nilton faleceu na última sexta-feira (23), depois de receber, de uma só vez, a dosagem de medicamento que deveria ser administrada ao longo de todo o mês na clínica MedSênior, no bairro Gutierrez, na região Oeste da capital mineira.

    Carolina Araújo, filha de Nilton, revelou que o enfermeiro responsável admitiu ter aplicado a dose incorreta. “Hoje entraram em contato comigo e confirmaram que o enfermeiro reconheceu o erro, inclusive confirmando minhas suspeitas sobre as dosagens. Fui à clínica para buscar o prontuário do meu pai, mas me negaram o acesso, alegando ser um documento pessoal do paciente”, relatou ela.

    Carolina explicou que sempre acompanhava o pai em suas consultas médicas e durante todas as sessões de quimioterapia. “Quando vi o enfermeiro chegando com quatro seringas de medicamento, perguntei se eram realmente quatro, e ele respondeu que sim, procedendo com a aplicação de todas elas”, disse.

    A polícia informou que o corpo de Nilton foi submetido a exame de necropsia e que aguarda a finalização dos laudos periciais para prosseguir com as investigações.

    Enfermeiro Afastado pela Clínica

    O centro de saúde MedSênior confirmou à reportagem o afastamento do enfermeiro envolvido no caso.

    Em nota oficial, a MedSênior expressou pesar pelo ocorrido e afirmou estar conduzindo uma investigação detalhada para entender todas as circunstâncias que levaram à morte de Nilton Carlos Araújo, visando apurar os fatos e identificar os responsáveis. A clínica informou ainda que o funcionário permanecerá afastado até que os fatos sejam completamente esclarecidos.

    “A empresa lamenta profundamente o ocorrido, expressa sua solidariedade à família de Nilton e reafirma seu compromisso em seguir rigorosamente todos os protocolos estabelecidos para garantir a segurança e integridade de seus pacientes”, finalizou o comunicado.

  • Polícia Civil realiza operação contra esquema de adulteração em máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro

    Polícia Civil realiza operação contra esquema de adulteração em máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quarta-feira (28) a 2ª fase da Operação Mãos Leves, que tem como alvo quadrilhas envolvidas na exploração de máquinas de bichinhos de pelúcia. A ação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), investiga um esquema de adulteração das máquinas para dificultar a liberação dos brinquedos.

    Os agentes saíram para cumprir 19 mandados de busca e apreensão, com um dos principais alvos sendo um galpão em Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde dezenas de máquinas adulteradas foram encontradas.

    As investigações revelaram que o grupo criminoso instalava um contador de jogadas em cada máquina, interferindo na corrente elétrica que alimenta a garra responsável por capturar os bichinhos — manipulando a força necessária para segurar os brinquedos. De acordo com a apuração, a garra só adquire potência suficiente para pegar um brinquedo após um certo número de tentativas, fazendo com que a maioria dos jogadores perca dinheiro.

    Pelúcias falsificadas e fraudes descobertas

    As investigações começaram após a denúncia de que as empresas Black Enterteinment e London Adventure estavam utilizando bonecos falsificados de personagens com marcas registradas em máquinas distribuídas em shoppings do Grande Rio. Essa informação levou à primeira fase da Operação Mãos Leves, realizada em maio, onde várias máquinas e uma grande quantidade de pelúcias foram apreendidas.

    A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) confirmou que o sistema das máquinas estava adulterado, demonstrando que o processo era fraudulento. A investigação constatou que, ao contrário do que os consumidores acreditavam, a obtenção dos brinquedos dependia mais da sorte do que da habilidade ao operar a grua.

    Também foi descoberto que um dos investigados já havia sido alvo de uma investigação por envolvimento em jogos de azar, especificamente em máquinas caça-níqueis, levantando suspeitas sobre a possível ligação com o Jogo do Bicho.

    Durante a operação, além das máquinas e pelúcias, foram apreendidos celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos. Esses materiais serão analisados pela Polícia Civil para desvendar a estrutura da organização criminosa e identificar outros possíveis envolvidos, além de eventuais conexões com outras organizações criminosas.

    Os investigados poderão responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial e por associação criminosa, além da contravenção de jogo de azar. As investigações também continuarão para apurar a possível prática de lavagem de dinheiro.

  • Polícia Civil realiza operação contra esquema de adulteração em máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro

    Polícia Civil realiza operação contra esquema de adulteração em máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quarta-feira (28) a 2ª fase da Operação Mãos Leves, que tem como alvo quadrilhas envolvidas na exploração de máquinas de bichinhos de pelúcia. A ação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), investiga um esquema de adulteração das máquinas para dificultar a liberação dos brinquedos.

    Os agentes saíram para cumprir 19 mandados de busca e apreensão, com um dos principais alvos sendo um galpão em Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde dezenas de máquinas adulteradas foram encontradas.

    As investigações revelaram que o grupo criminoso instalava um contador de jogadas em cada máquina, interferindo na corrente elétrica que alimenta a garra responsável por capturar os bichinhos — manipulando a força necessária para segurar os brinquedos. De acordo com a apuração, a garra só adquire potência suficiente para pegar um brinquedo após um certo número de tentativas, fazendo com que a maioria dos jogadores perca dinheiro.

    Pelúcias falsificadas e fraudes descobertas

    As investigações começaram após a denúncia de que as empresas Black Enterteinment e London Adventure estavam utilizando bonecos falsificados de personagens com marcas registradas em máquinas distribuídas em shoppings do Grande Rio. Essa informação levou à primeira fase da Operação Mãos Leves, realizada em maio, onde várias máquinas e uma grande quantidade de pelúcias foram apreendidas.

    A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) confirmou que o sistema das máquinas estava adulterado, demonstrando que o processo era fraudulento. A investigação constatou que, ao contrário do que os consumidores acreditavam, a obtenção dos brinquedos dependia mais da sorte do que da habilidade ao operar a grua.

    Também foi descoberto que um dos investigados já havia sido alvo de uma investigação por envolvimento em jogos de azar, especificamente em máquinas caça-níqueis, levantando suspeitas sobre a possível ligação com o Jogo do Bicho.

    Durante a operação, além das máquinas e pelúcias, foram apreendidos celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos. Esses materiais serão analisados pela Polícia Civil para desvendar a estrutura da organização criminosa e identificar outros possíveis envolvidos, além de eventuais conexões com outras organizações criminosas.

    Os investigados poderão responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial e por associação criminosa, além da contravenção de jogo de azar. As investigações também continuarão para apurar a possível prática de lavagem de dinheiro.

  • PCC lavou dinheiro com agentes de jogadores de grandes clubes, revela investigação do MP

    PCC lavou dinheiro com agentes de jogadores de grandes clubes, revela investigação do MP

    Promotores do Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo estão de posse de mensagens, contratos e do depoimento do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, que acusa dirigentes de empresas que gerenciam a carreira de jogadores de futebol de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Embora os crimes investigados até o momento não envolvam diretamente atletas, dirigentes ou clubes, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está apurando se os recursos usados para a negociação de atletas têm origem no tráfico de drogas.

    No acordo de delação, Gritzbach menciona a atuação do empresário de futebol Danilo Lima de Oliveira, conhecido como Tripa, da Lion Soccer Sports, que também estaria envolvido na UJ Football Talent. Outro empresário citado pelo delator é Rafael Maeda Pires, conhecido como Japa do PCC, que teria participado das decisões da FFP Agency Ltda, do empresário Felipe D’Emílio Paiva, antes de ser assassinado no ano passado. A FFP informou não ter conhecimento da delação, enquanto a Lion não foi localizada para comentar.

    As três empresas investigadas são relevantes no mercado e já agenciaram jogadores como Emerson Royal (Milan), Eder Militão (Real Madrid), Bremer (Juventus), Du Queiroz (ex-Corinthians, agora no Grêmio), e Igor Formiga (ex-Corinthians, agora no Novorizontino). A investigação do MPE também cita jogadores como Gustavo Scarpa (Atlético-MG), Felipe Negrucci e Caio Matheus (ambos da base do São Paulo), Marcio Bambu (aposentado), Guilherme Biro (Corinthians), e Murillo (ex-zagueiro do Corinthians, atualmente no Nottingham Forest, da Inglaterra).

    Gritzbach, que está no centro de uma das maiores investigações sobre a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em São Paulo, decidiu colaborar após ser acusado pelo PCC de desviar R$ 100 milhões em bitcoins das finanças da facção. Em seu acordo de delação premiada, que foi proposto em setembro de 2023 e homologado pela Justiça em abril de 2024, Gritzbach detalha como os negócios do crime organizado se infiltraram no futebol, incluindo a criação de um suposto “PCC Futebol Clube.”

    Segundo Gritzbach, Danilo Lima de Oliveira, o Tripa, da Lion Soccer Sports, colocava parte de seus jogadores na agência UJ Football Talent, que operava com recursos limitados e se enquadrava no Simples Nacional. Embora Tripa não fosse o proprietário da UJ Football, ele teria participação na empresa, cujo sócio principal é o ex-jogador Ulisses Jorge.

    A UJ Football se apresenta como uma “assessoria esportiva com expertise internacional” que ajuda a realizar os sonhos de atletas desde 2010, sendo seu principal cliente o zagueiro Eder Militão, do Real Madrid e da seleção brasileira. Danilo também teria agenciado jogadores como Emerson Royal, Marcio Bambu, Guilherme Biro, Du Queiroz e Murillo Santiago. A reportagem não conseguiu localizar Ulisses Jorge para comentar.

    Já a FFP Agency Ltda., apontada por Gritzbach como outra empresa ligada à lavagem de dinheiro do PCC, agencia jogadores como Caio Matheus, Felipe Negrucci, Du Queiroz e Igor Formiga. Como prova da ligação entre a FFP e o PCC, Gritzbach forneceu cópias de conversas de WhatsApp entre o empresário Felipe D’Emílio Paiva e Rafael Maeda Pires, o Japa do PCC, um dos principais líderes da facção, encontrado morto em 2023. Gritzbach afirmou que conheceu Maeda como piloto de corridas e vendedor de carros.

    Em declaração ao Estadão, a FFP afirmou que “não tem conhecimento da alegada delação” e que “todas as transações realizadas são pautadas na transparência e na legalidade.” Nas conversas entregues à investigação, Maeda e Felipe discutem a contratação de jogadores, assinatura de contratos e pagamentos em real e euro, além de compartilharem fotos de jogadores e grandes quantias de dinheiro. Também há menções a negociações com o ex-presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, e com o ex-técnico do sub-20 do clube, o ex-jogador Danilo.

    Em resposta ao Estadão, Duílio afirmou que “nunca manteve relação pessoal ou comercial com Japa” e que “não trocou mensagens com ele.” O Corinthians, por sua vez, expressou surpresa com as acusações e garantiu que está à disposição das autoridades para fornecer quaisquer documentos ou prestar esclarecimentos necessários.

    A reportagem também procurou São Paulo, Grêmio, Novorizontino e Atlético-MG, mas apenas os clubes paulista e gaúcho responderam, afirmando que não irão se posicionar. Os clubes europeus mencionados, devido ao fuso horário, não puderam ser contatados a tempo.

    Como parte de sua colaboração, Gritzbach forneceu comprovantes de pagamentos feitos pela FFP para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para mostrar que Maeda estava envolvido no cotidiano da empresa. Para operar legalmente no Brasil, empresas que agenciam jogadores precisam pagar uma taxa única de R$ 8 mil à Fifa, além de R$ 250 por atleta registrado.

    Sequestro e morte no Tatuapé

    Maeda e Tripa são suspeitos de agir em nome de Anselmo Bechelli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta ou Magrelo, um dos maiores traficantes do PCC, lavando recursos provenientes do tráfico de drogas. Gritzbach afirma que Tripa esteve envolvido no sequestro que sofreu, em que o PCC ameaçou matá-lo após o assassinato de Anselmo em 2021. Gritzbach nega envolvimento no crime, do qual é acusado de ser o mandante.

    Segundo o relato de Gritzbach, ele foi levado a um local controlado pelo tribunal do crime, onde Tripa o obrigou a se despedir da família e ameaçou esquartejá-lo. Ele foi libertado pelo PCC com a promessa de devolver o dinheiro das bitcoins, mas acabou preso pela polícia. Atualmente, Gritzbach cumpre prisão domiciliar e sobreviveu a um atentado em dezembro de 2023, quando negociava seu acordo de delação.

    Os promotores estão agora colhendo mais provas para entender como o dinheiro do tráfico internacional de drogas era lavado através da compra e venda de atletas.

  • Apresentador Silvio Santos morre aos 93 anos

    Apresentador Silvio Santos morre aos 93 anos

    Silvio Santos, um dos mais icônicos apresentadores da televisão brasileira, faleceu aos 93 anos na madrugada deste sábado (17/8), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele havia sido internado no início de agosto, poucos dias após receber alta devido a um quadro de H1N1.

    O lendário comunicador, que ao longo de mais de seis décadas construiu uma carreira marcante na TV, deixa seis filhas que irão dar continuidade ao legado do pai na administração do SBT.

    A trajetória do “Homem do Baú”

    Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos, foi um pilar da televisão no Brasil. Sua carreira começou no rádio e evoluiu para a televisão, com passagens por grandes emissoras, como a Globo, até a criação do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em 1981.

    A vida de Silvio Santos é digna de uma novela. Nascido em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro, ele começou a trabalhar cedo para ajudar a família, vendendo produtos como camelô nas ruas cariocas. Essa experiência o moldou como um empresário visionário e determinado.

    Sua incursão na mídia começou como locutor de rádio, passando por diversas emissoras até se consolidar como apresentador de televisão. Em 1962, ele estreou na TV com o programa “Vamos Brincar de Forca”, na TV Paulista, e, no ano seguinte, lançou o “Programa Silvio Santos”, que se tornaria um dos mais longevos da televisão brasileira.

    Silvio foi também um empreendedor nato. Em 1958, assumiu o Baú da Felicidade, transformando-o em uma das maiores empresas de varejo do país. Seu nome artístico foi adotado para alavancar sua carreira na televisão, e assim nasceu o império de comunicação que conhecemos hoje.

    Silvio Santos e a criação do SBT

    Determinando a criar sua própria rede de televisão, Silvio Santos fundou o SBT em 1981, após receber concessão para operar a TVS no Rio de Janeiro. O SBT se tornou conhecido por sua programação diversificada, incluindo programas de auditório, novelas mexicanas e o famoso seriado “Chaves”.

    Uma breve carreira política

    Em 1989, Silvio Santos surpreendeu o país ao lançar sua candidatura à presidência da República. Com apoio do Partido Municipalista Brasileiro (PMB), ele rapidamente se tornou um dos favoritos nas pesquisas, mas sua candidatura foi impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por questões legais. Apesar do revés, Silvio Santos continuou sendo uma figura influente na vida pública brasileira.

    O Brasil perde não apenas um grande comunicador, mas também um empresário e visionário que marcou gerações com seu carisma e espírito inovador.