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  • Polícia Apreende Carro de Luxo de Médico Suspeito de Participar de Racha e Atropelar Pedestre no DF

    Polícia Apreende Carro de Luxo de Médico Suspeito de Participar de Racha e Atropelar Pedestre no DF

    A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu, na segunda-feira (26), uma BMW avaliada em R$ 500 mil, pertencente a um médico da rede pública de saúde, suspeito de participar de um racha que resultou no atropelamento de um pedestre. O incidente teria ocorrido na noite de quarta-feira (21), próximo à penitenciária da Papuda, em São Sebastião.

    Segundo informações da polícia, após o atropelamento, o médico Humberto de Carvalho Barbosa, de 50 anos, não acionou o socorro. Ele próprio levou a vítima ao Hospital de Base, localizado na Asa Sul. O caso foi inicialmente revelado pelo portal Metrópoles e posteriormente confirmado pela TV Globo.

    “Identificamos que o mesmo indivíduo que causou o atropelamento foi o responsável por retirar a vítima do local e levá-la ao Hospital de Base. Depois, ele ainda retirou a vítima desse hospital e a transportou para outro, cuja localização estamos investigando,” afirmou o delegado Ulysses Luz.

    A polícia ainda não conseguiu identificar a vítima do atropelamento. Um vídeo divulgado pelos investigadores mostra o médico dirigindo em alta velocidade em outra ocasião.

    O delegado Ulysses Luz informou que a BMW passará por uma perícia. Até o momento da publicação desta reportagem, o médico ainda não havia prestado depoimento à polícia.

    “Ele foi intimado e, segundo seu advogado, comparecerá à delegacia nos próximos dias para apresentar sua versão dos fatos,” acrescentou o delegado.

    Em nota, a Secretaria de Saúde informou que está colaborando com as investigações, mas não comenta processos internos relacionados a servidores. A TV Globo tentou contato com a defesa do médico, mas não obteve resposta.

    Outro Caso

    Na noite de segunda-feira (26), uma jovem de 20 anos morreu após o carro em que estava colidir com um poste na EPIA Sul, no Distrito Federal. A Polícia Civil está investigando o acidente como um possível racha.

    A vítima, Lettycia Maria Rodrigues Menezes, era passageira no veículo. O motorista, Emerson Maciel Moreira, namorado de Lettycia, sofreu fraturas no fêmur, na costela e é suspeito de traumatismo cranioencefálico. Ele foi levado ao Hospital Regional do Gama e, de acordo com a polícia, não possuía carteira de motorista.

    Henrique Vieira Cavalcante, o motorista do outro carro envolvido no suposto racha, se apresentou à delegacia, onde foi preso, mas optou por permanecer em silêncio.

    Ambos os motoristas, Emerson Maciel Moreira e Henrique Vieira Cavalcante, realizaram o teste do bafômetro, que deu resultado negativo, segundo a Polícia Civil. A delegacia do Núcleo Bandeirante indiciou os dois por homicídio culposo e participação em disputa automobilística.

  • Polícia Investiga Morte de Idoso após Erro em Quimioterapia em Belo Horizonte

    Polícia Investiga Morte de Idoso após Erro em Quimioterapia em Belo Horizonte

    A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou uma investigação para apurar a morte de Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, após um erro médico em uma sessão de quimioterapia em uma clínica localizada em Belo Horizonte. Nilton faleceu na última sexta-feira (23), depois de receber, de uma só vez, a dosagem de medicamento que deveria ser administrada ao longo de todo o mês na clínica MedSênior, no bairro Gutierrez, na região Oeste da capital mineira.

    Carolina Araújo, filha de Nilton, revelou que o enfermeiro responsável admitiu ter aplicado a dose incorreta. “Hoje entraram em contato comigo e confirmaram que o enfermeiro reconheceu o erro, inclusive confirmando minhas suspeitas sobre as dosagens. Fui à clínica para buscar o prontuário do meu pai, mas me negaram o acesso, alegando ser um documento pessoal do paciente”, relatou ela.

    Carolina explicou que sempre acompanhava o pai em suas consultas médicas e durante todas as sessões de quimioterapia. “Quando vi o enfermeiro chegando com quatro seringas de medicamento, perguntei se eram realmente quatro, e ele respondeu que sim, procedendo com a aplicação de todas elas”, disse.

    A polícia informou que o corpo de Nilton foi submetido a exame de necropsia e que aguarda a finalização dos laudos periciais para prosseguir com as investigações.

    Enfermeiro Afastado pela Clínica

    O centro de saúde MedSênior confirmou à reportagem o afastamento do enfermeiro envolvido no caso.

    Em nota oficial, a MedSênior expressou pesar pelo ocorrido e afirmou estar conduzindo uma investigação detalhada para entender todas as circunstâncias que levaram à morte de Nilton Carlos Araújo, visando apurar os fatos e identificar os responsáveis. A clínica informou ainda que o funcionário permanecerá afastado até que os fatos sejam completamente esclarecidos.

    “A empresa lamenta profundamente o ocorrido, expressa sua solidariedade à família de Nilton e reafirma seu compromisso em seguir rigorosamente todos os protocolos estabelecidos para garantir a segurança e integridade de seus pacientes”, finalizou o comunicado.

  • Polícia Civil realiza operação contra esquema de adulteração em máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro

    Polícia Civil realiza operação contra esquema de adulteração em máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quarta-feira (28) a 2ª fase da Operação Mãos Leves, que tem como alvo quadrilhas envolvidas na exploração de máquinas de bichinhos de pelúcia. A ação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), investiga um esquema de adulteração das máquinas para dificultar a liberação dos brinquedos.

    Os agentes saíram para cumprir 19 mandados de busca e apreensão, com um dos principais alvos sendo um galpão em Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde dezenas de máquinas adulteradas foram encontradas.

    As investigações revelaram que o grupo criminoso instalava um contador de jogadas em cada máquina, interferindo na corrente elétrica que alimenta a garra responsável por capturar os bichinhos — manipulando a força necessária para segurar os brinquedos. De acordo com a apuração, a garra só adquire potência suficiente para pegar um brinquedo após um certo número de tentativas, fazendo com que a maioria dos jogadores perca dinheiro.

    Pelúcias falsificadas e fraudes descobertas

    As investigações começaram após a denúncia de que as empresas Black Enterteinment e London Adventure estavam utilizando bonecos falsificados de personagens com marcas registradas em máquinas distribuídas em shoppings do Grande Rio. Essa informação levou à primeira fase da Operação Mãos Leves, realizada em maio, onde várias máquinas e uma grande quantidade de pelúcias foram apreendidas.

    A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) confirmou que o sistema das máquinas estava adulterado, demonstrando que o processo era fraudulento. A investigação constatou que, ao contrário do que os consumidores acreditavam, a obtenção dos brinquedos dependia mais da sorte do que da habilidade ao operar a grua.

    Também foi descoberto que um dos investigados já havia sido alvo de uma investigação por envolvimento em jogos de azar, especificamente em máquinas caça-níqueis, levantando suspeitas sobre a possível ligação com o Jogo do Bicho.

    Durante a operação, além das máquinas e pelúcias, foram apreendidos celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos. Esses materiais serão analisados pela Polícia Civil para desvendar a estrutura da organização criminosa e identificar outros possíveis envolvidos, além de eventuais conexões com outras organizações criminosas.

    Os investigados poderão responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial e por associação criminosa, além da contravenção de jogo de azar. As investigações também continuarão para apurar a possível prática de lavagem de dinheiro.

  • Polícia Civil realiza operação contra esquema de adulteração em máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro

    Polícia Civil realiza operação contra esquema de adulteração em máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quarta-feira (28) a 2ª fase da Operação Mãos Leves, que tem como alvo quadrilhas envolvidas na exploração de máquinas de bichinhos de pelúcia. A ação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), investiga um esquema de adulteração das máquinas para dificultar a liberação dos brinquedos.

    Os agentes saíram para cumprir 19 mandados de busca e apreensão, com um dos principais alvos sendo um galpão em Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde dezenas de máquinas adulteradas foram encontradas.

    As investigações revelaram que o grupo criminoso instalava um contador de jogadas em cada máquina, interferindo na corrente elétrica que alimenta a garra responsável por capturar os bichinhos — manipulando a força necessária para segurar os brinquedos. De acordo com a apuração, a garra só adquire potência suficiente para pegar um brinquedo após um certo número de tentativas, fazendo com que a maioria dos jogadores perca dinheiro.

    Pelúcias falsificadas e fraudes descobertas

    As investigações começaram após a denúncia de que as empresas Black Enterteinment e London Adventure estavam utilizando bonecos falsificados de personagens com marcas registradas em máquinas distribuídas em shoppings do Grande Rio. Essa informação levou à primeira fase da Operação Mãos Leves, realizada em maio, onde várias máquinas e uma grande quantidade de pelúcias foram apreendidas.

    A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) confirmou que o sistema das máquinas estava adulterado, demonstrando que o processo era fraudulento. A investigação constatou que, ao contrário do que os consumidores acreditavam, a obtenção dos brinquedos dependia mais da sorte do que da habilidade ao operar a grua.

    Também foi descoberto que um dos investigados já havia sido alvo de uma investigação por envolvimento em jogos de azar, especificamente em máquinas caça-níqueis, levantando suspeitas sobre a possível ligação com o Jogo do Bicho.

    Durante a operação, além das máquinas e pelúcias, foram apreendidos celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos. Esses materiais serão analisados pela Polícia Civil para desvendar a estrutura da organização criminosa e identificar outros possíveis envolvidos, além de eventuais conexões com outras organizações criminosas.

    Os investigados poderão responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial e por associação criminosa, além da contravenção de jogo de azar. As investigações também continuarão para apurar a possível prática de lavagem de dinheiro.

  • A pressão da XP: empresário alega prejuízos e coação envolvendo empréstimo de alto risco

    A pressão da XP: empresário alega prejuízos e coação envolvendo empréstimo de alto risco

    A XP Investimentos está sendo processada sob a acusação de coagir um funcionário a pressionar seu próprio pai a contratar um empréstimo arriscado oferecido pela corretora. De acordo com a ação judicial, o objetivo seria consolidar a carreira do filho, Gabriel Puerta, dentro da instituição. No entanto, o resultado foi o oposto: após a conclusão da transação, Gabriel foi demitido.

    O empresário Marco Antônio Puerta afirma ter sofrido prejuízos financeiros devido ao empréstimo de R$ 15 milhões, que foi aplicado em Certificados de Operações Estruturadas (COEs) sem que ele fosse adequadamente alertado sobre os riscos. Já investidor de R$ 22 milhões em um fundo da XP, Puerta diz que a proposta envolvia a retirada de R$ 15 milhões desses investimentos e a contratação de um empréstimo de igual valor, mediante uma Cédula de Crédito Bancário (CCB), para que ele não ficasse sem recursos imediatos.

    Conversas trocadas no WhatsApp entre Gabriel Puerta e seu então colega de trabalho, Augusto Chitero Spelta, revelam a pressão que Gabriel enfrentou para convencer seu pai a fechar o negócio. Em uma das mensagens, Spelta diz que Marco Antônio “antes de ser seu pai, é seu cliente”, evidenciando a tensão gerada pela expectativa de fechar a transação rapidamente. Spelta, preocupado com os bônus que o negócio traria, insistia na assinatura imediata dos documentos, apesar das hesitações do empresário.

    Na ação, Marco Antônio Puerta alega que foi vítima de um esquema orquestrado para favorecer a XP, sendo induzido a um negócio baseado em informações enganosas sobre a segurança da operação. Ele afirma que a corretora garantiu que os lucros gerados pelo investimento não apenas cobririam os juros do empréstimo, mas também proporcionariam ganhos significativos. Contudo, a XP teria omitido que os rendimentos só seriam pagos após cinco anos, enquanto os juros cobrados sobre o empréstimo eram muito maiores do que qualquer retorno realista esperado.

    O Tribunal de Justiça de São Paulo, em decisão liminar proferida pelo juiz André Augusto Salvador Bezerra, determinou a suspensão da cobrança de juros do empréstimo, reconhecendo a existência de provas que corroboram os fatos apresentados por Puerta.

  • PCC lavou dinheiro com agentes de jogadores de grandes clubes, revela investigação do MP

    PCC lavou dinheiro com agentes de jogadores de grandes clubes, revela investigação do MP

    Promotores do Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo estão de posse de mensagens, contratos e do depoimento do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, que acusa dirigentes de empresas que gerenciam a carreira de jogadores de futebol de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Embora os crimes investigados até o momento não envolvam diretamente atletas, dirigentes ou clubes, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está apurando se os recursos usados para a negociação de atletas têm origem no tráfico de drogas.

    No acordo de delação, Gritzbach menciona a atuação do empresário de futebol Danilo Lima de Oliveira, conhecido como Tripa, da Lion Soccer Sports, que também estaria envolvido na UJ Football Talent. Outro empresário citado pelo delator é Rafael Maeda Pires, conhecido como Japa do PCC, que teria participado das decisões da FFP Agency Ltda, do empresário Felipe D’Emílio Paiva, antes de ser assassinado no ano passado. A FFP informou não ter conhecimento da delação, enquanto a Lion não foi localizada para comentar.

    As três empresas investigadas são relevantes no mercado e já agenciaram jogadores como Emerson Royal (Milan), Eder Militão (Real Madrid), Bremer (Juventus), Du Queiroz (ex-Corinthians, agora no Grêmio), e Igor Formiga (ex-Corinthians, agora no Novorizontino). A investigação do MPE também cita jogadores como Gustavo Scarpa (Atlético-MG), Felipe Negrucci e Caio Matheus (ambos da base do São Paulo), Marcio Bambu (aposentado), Guilherme Biro (Corinthians), e Murillo (ex-zagueiro do Corinthians, atualmente no Nottingham Forest, da Inglaterra).

    Gritzbach, que está no centro de uma das maiores investigações sobre a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em São Paulo, decidiu colaborar após ser acusado pelo PCC de desviar R$ 100 milhões em bitcoins das finanças da facção. Em seu acordo de delação premiada, que foi proposto em setembro de 2023 e homologado pela Justiça em abril de 2024, Gritzbach detalha como os negócios do crime organizado se infiltraram no futebol, incluindo a criação de um suposto “PCC Futebol Clube.”

    Segundo Gritzbach, Danilo Lima de Oliveira, o Tripa, da Lion Soccer Sports, colocava parte de seus jogadores na agência UJ Football Talent, que operava com recursos limitados e se enquadrava no Simples Nacional. Embora Tripa não fosse o proprietário da UJ Football, ele teria participação na empresa, cujo sócio principal é o ex-jogador Ulisses Jorge.

    A UJ Football se apresenta como uma “assessoria esportiva com expertise internacional” que ajuda a realizar os sonhos de atletas desde 2010, sendo seu principal cliente o zagueiro Eder Militão, do Real Madrid e da seleção brasileira. Danilo também teria agenciado jogadores como Emerson Royal, Marcio Bambu, Guilherme Biro, Du Queiroz e Murillo Santiago. A reportagem não conseguiu localizar Ulisses Jorge para comentar.

    Já a FFP Agency Ltda., apontada por Gritzbach como outra empresa ligada à lavagem de dinheiro do PCC, agencia jogadores como Caio Matheus, Felipe Negrucci, Du Queiroz e Igor Formiga. Como prova da ligação entre a FFP e o PCC, Gritzbach forneceu cópias de conversas de WhatsApp entre o empresário Felipe D’Emílio Paiva e Rafael Maeda Pires, o Japa do PCC, um dos principais líderes da facção, encontrado morto em 2023. Gritzbach afirmou que conheceu Maeda como piloto de corridas e vendedor de carros.

    Em declaração ao Estadão, a FFP afirmou que “não tem conhecimento da alegada delação” e que “todas as transações realizadas são pautadas na transparência e na legalidade.” Nas conversas entregues à investigação, Maeda e Felipe discutem a contratação de jogadores, assinatura de contratos e pagamentos em real e euro, além de compartilharem fotos de jogadores e grandes quantias de dinheiro. Também há menções a negociações com o ex-presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, e com o ex-técnico do sub-20 do clube, o ex-jogador Danilo.

    Em resposta ao Estadão, Duílio afirmou que “nunca manteve relação pessoal ou comercial com Japa” e que “não trocou mensagens com ele.” O Corinthians, por sua vez, expressou surpresa com as acusações e garantiu que está à disposição das autoridades para fornecer quaisquer documentos ou prestar esclarecimentos necessários.

    A reportagem também procurou São Paulo, Grêmio, Novorizontino e Atlético-MG, mas apenas os clubes paulista e gaúcho responderam, afirmando que não irão se posicionar. Os clubes europeus mencionados, devido ao fuso horário, não puderam ser contatados a tempo.

    Como parte de sua colaboração, Gritzbach forneceu comprovantes de pagamentos feitos pela FFP para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para mostrar que Maeda estava envolvido no cotidiano da empresa. Para operar legalmente no Brasil, empresas que agenciam jogadores precisam pagar uma taxa única de R$ 8 mil à Fifa, além de R$ 250 por atleta registrado.

    Sequestro e morte no Tatuapé

    Maeda e Tripa são suspeitos de agir em nome de Anselmo Bechelli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta ou Magrelo, um dos maiores traficantes do PCC, lavando recursos provenientes do tráfico de drogas. Gritzbach afirma que Tripa esteve envolvido no sequestro que sofreu, em que o PCC ameaçou matá-lo após o assassinato de Anselmo em 2021. Gritzbach nega envolvimento no crime, do qual é acusado de ser o mandante.

    Segundo o relato de Gritzbach, ele foi levado a um local controlado pelo tribunal do crime, onde Tripa o obrigou a se despedir da família e ameaçou esquartejá-lo. Ele foi libertado pelo PCC com a promessa de devolver o dinheiro das bitcoins, mas acabou preso pela polícia. Atualmente, Gritzbach cumpre prisão domiciliar e sobreviveu a um atentado em dezembro de 2023, quando negociava seu acordo de delação.

    Os promotores estão agora colhendo mais provas para entender como o dinheiro do tráfico internacional de drogas era lavado através da compra e venda de atletas.

  • Apresentador Silvio Santos morre aos 93 anos

    Apresentador Silvio Santos morre aos 93 anos

    Silvio Santos, um dos mais icônicos apresentadores da televisão brasileira, faleceu aos 93 anos na madrugada deste sábado (17/8), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele havia sido internado no início de agosto, poucos dias após receber alta devido a um quadro de H1N1.

    O lendário comunicador, que ao longo de mais de seis décadas construiu uma carreira marcante na TV, deixa seis filhas que irão dar continuidade ao legado do pai na administração do SBT.

    A trajetória do “Homem do Baú”

    Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos, foi um pilar da televisão no Brasil. Sua carreira começou no rádio e evoluiu para a televisão, com passagens por grandes emissoras, como a Globo, até a criação do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em 1981.

    A vida de Silvio Santos é digna de uma novela. Nascido em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro, ele começou a trabalhar cedo para ajudar a família, vendendo produtos como camelô nas ruas cariocas. Essa experiência o moldou como um empresário visionário e determinado.

    Sua incursão na mídia começou como locutor de rádio, passando por diversas emissoras até se consolidar como apresentador de televisão. Em 1962, ele estreou na TV com o programa “Vamos Brincar de Forca”, na TV Paulista, e, no ano seguinte, lançou o “Programa Silvio Santos”, que se tornaria um dos mais longevos da televisão brasileira.

    Silvio foi também um empreendedor nato. Em 1958, assumiu o Baú da Felicidade, transformando-o em uma das maiores empresas de varejo do país. Seu nome artístico foi adotado para alavancar sua carreira na televisão, e assim nasceu o império de comunicação que conhecemos hoje.

    Silvio Santos e a criação do SBT

    Determinando a criar sua própria rede de televisão, Silvio Santos fundou o SBT em 1981, após receber concessão para operar a TVS no Rio de Janeiro. O SBT se tornou conhecido por sua programação diversificada, incluindo programas de auditório, novelas mexicanas e o famoso seriado “Chaves”.

    Uma breve carreira política

    Em 1989, Silvio Santos surpreendeu o país ao lançar sua candidatura à presidência da República. Com apoio do Partido Municipalista Brasileiro (PMB), ele rapidamente se tornou um dos favoritos nas pesquisas, mas sua candidatura foi impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por questões legais. Apesar do revés, Silvio Santos continuou sendo uma figura influente na vida pública brasileira.

    O Brasil perde não apenas um grande comunicador, mas também um empresário e visionário que marcou gerações com seu carisma e espírito inovador.

  • Juiz acusado de roubar heranças tem pedido negado no STF

    Juiz acusado de roubar heranças tem pedido negado no STF

    O juiz Maurício Camatta Rangel, um dos alvos da Operação Follow the Money, teve uma solicitação rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (9/8). A operação investiga um suposto esquema envolvendo juízes e advogados para desviar valores de heranças deixadas por pessoas falecidas no Espírito Santo.

    O ministro Edson Fachin negou o pedido de liminar da defesa de Camatta, que buscava suspender a decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) que impedia o acesso às provas das investigações. Segundo a desembargadora Rachel Durão Correia Lima, as diligências ainda estão em andamento e, por isso, os materiais não foram disponibilizados.

    Apesar de negar o pedido, Fachin admitiu a possibilidade de reavaliar o caso durante o julgamento definitivo e solicitou informações à desembargadora sobre as alegações da defesa.

    Esquema detalhado pelo MP

    De acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o esquema utilizava fraudes processuais para desviar grandes somas de dinheiro de espólios. Advogados investigados apresentavam ações judiciais na comarca de Vitória, onde Camatta atuava, com erros formais intencionais. Essas falhas só eram corrigidas quando os casos caíam sob a jurisdição do juiz, permitindo que as ações prosseguissem.

    O MP descreve que, antes mesmo da intimação dos réus, eram apresentados supostos “acordos” entre as partes. Camatta, então, homologava os acordos rapidamente e emitia sentenças que resultavam no bloqueio de valores em contas de falecidos ou de seus espólios.

    Conexões suspeitas e transferências financeiras

    As investigações também revelaram transferências financeiras suspeitas entre Camatta e outros investigados no esquema. Em novembro de 2023, o magistrado transferiu R$ 250 mil para uma conta de Luam Fernando Giuberti Marques, empresário também envolvido nas fraudes. Além disso, transações financeiras entre Camatta, seu genro Bernardo Azoury Nassur, e outros membros da suposta organização criminosa foram identificadas.

    Infrações graves

    O procurador-geral de Justiça do Espírito Santo, Francisco Martínez Berdeal, destacou que as ações investigadas configuram graves infrações penais, incluindo:

    • Organização criminosa;
    • Lavagem de dinheiro;
    • Corrupção ativa e passiva;
    • Fraude processual;
    • Falsificação de documentos públicos e privados;
    • Falsidade ideológica.

    Futuro das investigações

    A inclusão de Maurício Camatta Rangel na investigação marca um avanço significativo no caso, que segue sendo conduzido sob sigilo judicial. O STF ainda pode revisar o pedido da defesa, mas a decisão de Fachin reforça o andamento das apurações e a gravidade das acusações. O caso expõe um esquema sofisticado que abala a confiança nas instituições e levanta questões sobre a integridade no sistema judiciário brasileiro.

    foto: Rosinei Coutinho/STF; Divulgação fonte: site metropoles

  • Empresário de Lorena é Acusado de Esquema de Pirâmide com Prejuízo de R$ 300 Milhões

    Empresário de Lorena é Acusado de Esquema de Pirâmide com Prejuízo de R$ 300 Milhões

    A Justiça decretou a prisão preventiva de Samuel Fradique de Oliveira, empresário de 72 anos, acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízo estimado em R$ 300 milhões e atraiu centenas de vítimas em Lorena, no interior de São Paulo. A decisão foi proferida na última sexta-feira (9) pela Vara de Lorena, atendendo a um pedido do Ministério Público (MP).

    O Esquema

    Samuel é fundador da SFO Holding, que operou entre 2017 e 2020 no setor de investimentos financeiros. A empresa prometia retornos mensais de até 7%, atraindo investidores de Lorena e regiões próximas. Segundo o MP, os irmãos Pedro Fradique de Oliveira (65) e o sobrinho Murilo Gonçalves Fradique de Oliveira (45) também estão envolvidos no esquema, que utilizava contas pessoais e jurídicas para movimentar recursos ilícitos.

    O esquema funcionava com os retornos iniciais pagos aos primeiros investidores, criando confiança para atrair novos aportes, ampliando a base da pirâmide. No entanto, em maio de 2020, a SFO Holding suspendeu os pagamentos, alegando dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19. Desde então, Samuel não foi mais visto.

    Decisão Judicial

    O juiz Daniel Otero Pereira da Costa destacou na decisão que os indícios contra Samuel são claros e que ele fugiu para evitar a responsabilização. O magistrado também apontou que os valores milionários obtidos ilicitamente não foram recuperados, causando grave impacto financeiro às vítimas.

    Além de Samuel, Pedro e Murilo foram tornados réus pelo MP, que os denunciou por associação criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato. O órgão também solicitou a indenização das vítimas e o pagamento de R$ 1 milhão por danos coletivos.

    Repercussão

    Centenas de ações judiciais foram movidas contra a SFO Holding desde 2020, com investidores cobrando valores não devolvidos. As promessas de retornos elevados atraíram pessoas de diversas cidades, gerando filas na sede da empresa após a suspensão dos pagamentos. Apesar das alegações de crise, o MP afirma que o grupo desviava os valores para fins pessoais.

    Defesa dos Acusados

    A defesa de Samuel não se manifestou sobre a decisão judicial. O advogado de Murilo afirmou que não foi intimado e que seu cliente é inocente, alegando falta de provas que demonstrem sua participação no esquema.

    Impacto nas Vítimas

    As consequências do esquema deixaram centenas de pessoas em situação financeira delicada, com muitos dependentes do retorno prometido para pagar dívidas ou sustentar suas famílias. As investigações continuam, com a expectativa de que novas vítimas sejam identificadas e os recursos desviados sejam recuperados.

  • “Rei da Cebola” Preso por PF em Megaoperação Contra Crime Organizado

    “Rei da Cebola” Preso por PF em Megaoperação Contra Crime Organizado

    O empresário Xinxa Góes Siqueira, conhecido como “Rei da Cebola,” foi detido pela Polícia Federal na quarta-feira, 31 de agosto, sob ordem do juiz Jandercleison Pinheiro Jucá, da Vara Criminal de Salgueiro (PE).

    Xinxa está sob investigação por envolvimento em lavagem de dinheiro, agiotagem, extorsão e sonegação fiscal. Documentos obtidos pelo Estadão revelam que ele e seu grupo criminoso movimentaram mais de R$ 70 milhões. A investigação destaca transações financeiras suspeitas e aponta que Xinxa utilizava caminhões de sua empresa para transportar pasta base de cocaína de São Paulo para o sertão nordestino.

    Além das acusações principais, uma ligação telefônica interceptada sugere que Xinxa estava envolvido na compra de armas de fogo. Na conversa, menciona-se um clube em João Pessoa (PB) que oferece descontos para pagamentos à vista, com preços citados de R$ 7,7 mil para uma pistola Glock e R$ 8,8 mil para uma metralhadora.

    A prisão de Xinxa faz parte de um esforço abrangente da PF para desmantelar a rede criminosa, expondo a complexidade e o alcance das atividades ilegais do grupo.