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  • Suspeito de Matar Igor Peretto é Preso no Interior de São Paulo

    Suspeito de Matar Igor Peretto é Preso no Interior de São Paulo

    Na manhã deste domingo (15), Mario Vitorino, acusado de assassinar Igor Peretto em Praia Grande (SP), foi localizado e preso pela Polícia Civil. O suspeito estava foragido desde o dia 31 de agosto. A prisão foi anunciada por Tiago Peretto, irmão da vítima, através de suas redes sociais. Mario Vitorino foi encontrado na cidade de Torrinha, no interior de São Paulo, e o caso segue em investigação.

    Detalhes do Caso

    De acordo com o boletim de ocorrência, na madrugada do crime, a síndica do prédio onde Igor residia relatou ter ouvido barulhos e gritos vindos do apartamento da vítima, localizado no 4º andar. Vizinhos tentaram bater à porta e tocar a campainha, mas não obtiveram resposta. O corpo de Igor foi encontrado após a síndica chamar um chaveiro para abrir a porta e se deparar com manchas de sangue no corredor. A investigação está sendo conduzida pelo Setor de Homicídios da Delegacia de Investigações Gerais de Praia Grande.

    Imagens de Segurança

    Na quinta-feira (12), imagens das câmeras de segurança do prédio de Marcelly Peretto, irmã de Igor. As imagens capturaram momentos antes do crime, por volta das 4h35 da manhã do dia 31 de agosto. Nas gravações, Marcelly e a esposa de Igor, Rafaela Costa da Silva, são vistas chegando ao edifício, localizado na Avenida Paris, no Bairro Canto do Forte, e subindo pelo elevador. Rafaela deixou o apartamento por volta das 5h40.

    Pouco depois, Mario Vitorino, cunhado de Igor, e a vítima chegaram ao prédio em um carro preto às 5h44. Ambos são vistos conversando, com Igor mostrando mensagens em seu celular, antes de entrarem no apartamento.

  • Empresário Patrick Burnett é Preso pela PF Acusado de Usar Fintech para Lavagem de Dinheiro em Esquema Bilionário

    Empresário Patrick Burnett é Preso pela PF Acusado de Usar Fintech para Lavagem de Dinheiro em Esquema Bilionário

    O empresário Patrick Burnett, presidente do InoveBanco e ex-líder do Lide Inovação, foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de utilizar uma fintech para conduzir operações milionárias de lavagem de dinheiro. O esquema envolvia transações com imóveis e veículos de luxo, além de instituições financeiras que, alegadamente, deixaram de relatar movimentações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

    A prisão de Burnett aconteceu no âmbito da “Operação Concierge”, que investiga fintechs não autorizadas pelo Banco Central (BC) oferecendo serviços bancários, como contas e transferências. Essas fintechs operavam por meio de instituições reguladas, como o BS2 e a Adiq, possibilitando a movimentação de grandes somas sem o devido monitoramento. De acordo com a investigação, o InoveBanco movimentou cerca de R$ 7 bilhões desde sua fundação em 2019.

    Uma das táticas utilizadas no esquema envolvia “contas gráficas”, que não são abertas em nome dos verdadeiros titulares, permitindo que os envolvidos escondessem bens e evitassem bloqueios judiciais. A Receita Federal detectou transações com veículos de luxo que indicavam superfaturamento — uma prática comum em casos de lavagem de dinheiro. Também foram identificadas operações imobiliárias suspeitas, onde imóveis eram adquiridos por valores bem abaixo do mercado e revendidos posteriormente por quantias inflacionadas.

    Aedi Cordeiro, contador envolvido no esquema, foi identificado como gestor de várias fintechs clandestinas, incluindo o T10 Bank, que supostamente mantinha vínculos com o crime organizado. As investigações sugerem que instituições como o BS2 podem ter omitido informações cruciais sobre essas transações do Coaf, facilitando a continuidade das operações ilegais.

    A defesa de Patrick Burnett e do InoveBanco afirma que a empresa e seu proprietário sempre agiram de forma ética e estão colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos. O BS2, por sua vez, nega qualquer envolvimento com as irregularidades e afirma ter encerrado os serviços para o InoveBanco assim que tomou conhecimento das suspeitas.

    A Operação Concierge, que resultou na prisão de 14 suspeitos, visa expor como essas fintechs clandestinas estavam sendo usadas para movimentar bilhões em recursos ilícitos, comprometendo a integridade do sistema financeiro.

  • Homem come Paçoquita com fezes de rato e empresa é condenada; “a que eu mais gostava”, diz consumidor

    Homem come Paçoquita com fezes de rato e empresa é condenada; “a que eu mais gostava”, diz consumidor

    Consumidor denunciou o caso para a fabricante, pediu o recolhimento do lote e envio do produto para perícia, mas empresa enviou mais paçocas

    Em um incidente ocorrido no ano passado, Michel Costa Prezia, de 34 anos, neto de avós diabéticos e grande apreciador de doces, comprou uma caixa de 65 Paçoquitas e se deparou com uma experiência chocante. Enquanto degustava o sexto doce, sentiu algo estranho na boca e logo percebeu que se tratava de fezes de rato. “É a que eu mais gostava”, disse Michel ao relembrar o episódio.

    O consumidor, ao identificar o problema, entrou em contato com a fabricante, Santa Helena Indústria de Alimentos S/A, para relatar o ocorrido, solicitar o recolhimento do lote e uma análise pericial. Contudo, em vez de receber uma resposta adequada, a empresa enviou uma nova caixa de Paçoquitas como “compensação”.

    Inconformado com a atitude, Michel levou o caso à Justiça. Após um ano de processo, a juíza Andrea Ferraz Musa condenou a Santa Helena a pagar R$ 3 mil por danos morais ao consumidor, destacando que a empresa, apesar de ter sido notificada, não tomou as providências adequadas para investigar o problema.

    No processo, a empresa argumentou sua experiência de 80 anos no mercado e questionou a veracidade do incidente. Porém, a juíza considerou que a Santa Helena teve conhecimento do fato, poderia ter investigado, mas optou por não fazê-lo, comprometendo sua defesa.

    Após o ocorrido, Michel afirmou que nunca mais consumiria o produto. Ele também procurou um médico devido ao risco de contrair leptospirose, mas, felizmente, não desenvolveu nenhum problema de saúde. O episódio chamou a atenção para a postura da empresa em relação ao tratamento de reclamações de consumidores, que já colecionava uma série de queixas no site Reclame Aqui, algumas sem respostas.

    Essa situação serve de alerta tanto para consumidores quanto para fabricantes, reforçando a importância do controle de qualidade e de um atendimento mais responsável por parte das empresas diante de incidentes envolvendo a saúde pública.

  • Justiça Mantém Prisão de Deolane Bezerra em Operação contra Lavagem de Dinheiro e Jogos Ilegais

    Justiça Mantém Prisão de Deolane Bezerra em Operação contra Lavagem de Dinheiro e Jogos Ilegais

    A influenciadora digital Deolane Bezerra teve sua prisão preventiva mantida pela Justiça após uma audiência de custódia realizada na tarde de quinta-feira (5). Ela foi detida em uma operação que investiga uma quadrilha suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A audiência, conduzida por videoconferência, ocorreu na Central de Audiências de Custódia do Recife, com Deolane participando de dentro da Colônia Penal Feminina, onde está presa no bairro de Iputinga, Zona Oeste da cidade.

    Solange Bezerra, mãe de Deolane, também teve sua prisão preventiva mantida na mesma audiência e permanece detida na Colônia Penal. Além delas, Maria Bernadette Pedrosa Campos, mãe de Eduardo Pedrosa Campos, sócio de uma corretora de seguros investigada pela operação, também teve a prisão mantida.

    A defesa de Deolane entrou com um pedido de habeas corpus, alegando a ilegalidade da prisão preventiva. O desembargador Cláudio Jean Nogueira Virgínio, da 12ª Vara Criminal da Capital, redistribuiu o caso para o desembargador Eduardo Maranhão, da 4ª Câmara, que será responsável por analisar o pedido.

    Deolane e Solange foram presas na quarta-feira (4) e passaram por exames de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) antes de serem encaminhadas à penitenciária. Devido à repercussão do caso, medidas de segurança foram reforçadas para garantir a integridade física das duas. Elas passaram a primeira noite em uma cela reservada, com vigilância reforçada no local, incluindo a presença de policiais do Grupo de Operações de Segurança da Polícia Penal de Pernambuco.

    Na manhã de quinta-feira, as irmãs de Deolane, Daniele e Dayanne Bezerra, tentaram visitar a mãe e a irmã, mas foram impedidas de entrar por estarem fora do horário de visita. No local, elas foram recebidas por apoiadores com cartazes, expressando solidariedade às detidas.

    A prisão de Deolane faz parte da terceira fase da operação “Integration”, que investiga uma quadrilha acusada de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em lavagem de dinheiro de jogos ilegais. A operação cumpriu 19 mandados de prisão, além de 24 mandados de busca e apreensão em seis estados brasileiros: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco e São Paulo. A quadrilha usava empresas de eventos, casas de câmbio e seguradoras para realizar transações financeiras suspeitas, como depósitos fracionados e movimentações atípicas de dinheiro entre contas, além de adquirir veículos de luxo, imóveis, aeronaves e joias para lavar o dinheiro ilícito.

    A operação também apreendeu diversos bens, incluindo 11 relógios Rolex, dois helicópteros, um avião (que pertence ao cantor Gusttavo Lima), carros de luxo, embarcações, imóveis, joias, além de grandes quantias em dinheiro e artigos de luxo, como garrafas de vinho avaliadas em R$ 5 mil cada.

    Em nota, o escritório da advogada Adélia Soares, que defende Deolane e Solange, afirmou que Deolane está à disposição das autoridades e que a investigação é sigilosa. Deolane, por sua vez, divulgou uma carta em suas redes sociais na qual afirmou que está sofrendo uma “grande injustiça” e que sua família é vítima de preconceito.

    A empresa Esportes da Sorte, investigada na operação, também emitiu uma nota reafirmando seu compromisso com a legalidade e sua disposição para colaborar com as investigações, ressaltando que ainda não teve acesso aos autos do inquérito. O advogado de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, também declarou que seu cliente está à disposição das autoridades há mais de um ano e meio e que aguarda esclarecimentos sobre a operação.

  • Darwin Filho, CEO da Esportes da Sorte, se Entrega à Polícia em Investigação de Jogos Ilegais e Lavagem de Dinheiro

    Darwin Filho, CEO da Esportes da Sorte, se Entrega à Polícia em Investigação de Jogos Ilegais e Lavagem de Dinheiro

    Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da plataforma de apostas Esportes da Sorte, tornou-se o centro das atenções após se entregar à Polícia Civil de Pernambuco, junto com sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola, em 5 de setembro de 2024. O casal é alvo da Operação Integration, que investiga uma suposta organização criminosa ligada a jogos ilegais e lavagem de dinheiro, e que também prendeu a influenciadora Deolane Bezerra.

    A Esportes da Sorte, comandada por Darwin Filho, é operada pelo grupo HSF Gaming e está sediada em Curaçao, um paraíso fiscal caribenho. A empresa, fundada em 2018, foi uma das pioneiras no mercado de apostas esportivas no Brasil e está sendo investigada por movimentar cerca de R$ 3 bilhões provenientes de atividades ilícitas. O empresário, que herdou do pai um império no ramo de jogos, administra a Esportes da Sorte, com capital social de R$ 65 milhões, além de outros empreendimentos sediados no Recife.

    Sob a liderança de Darwin Filho, a Esportes da Sorte também se destacou como patrocinadora de grandes clubes de futebol, como Corinthians, Bahia, Grêmio, Athletico e o futebol feminino do Palmeiras, investindo milhões de reais anualmente. Além disso, o empresário está em processo para lançar uma nova casa de apostas, a Onabet, e também é dono da empresa HSF Entretenimento e Promoção de Eventos.

    Outro aspecto sob investigação são as vendas de carros de luxo feitas por Darwin Filho, incluindo uma Ferrari e uma Lamborghini Urus Performante, adquiridas por R$ 8 milhões em 2023. Deolane Bezerra, em depoimento, confirmou ter comprado uma Lamborghini Urus Performante de Darwin Filho por R$ 3,85 milhões no ano passado.

    A Esportes da Sorte afirmou que está em conformidade com as leis e colabora com as investigações, enquanto Darwin Filho, em carta aberta, declarou estar surpreso com a gravidade das medidas tomadas, mas reafirmou sua disposição em cooperar com as autoridades.

  • Anielle Franco Acusa Silvio Almeida de Assédio Sexual Durante Reunião Oficial

    Anielle Franco Acusa Silvio Almeida de Assédio Sexual Durante Reunião Oficial

    A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou a colegas do governo que teria sido alvo de assédio sexual por parte do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, durante uma reunião oficial em maio de 2023. Segundo Anielle, o episódio ocorreu enquanto discutiam o combate ao racismo, na sede do Ministério da Igualdade Racial, em Brasília, no dia 16 de maio.

    Durante o encontro, que contou também com a presença do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e do diretor-presidente substituto da Anac, Tiago Pereira, Silvio Almeida teria passado a mão entre as pernas de Anielle por baixo da mesa. De acordo com os relatos, a ministra terminou a reunião visivelmente desconfortável, embora os demais presentes não tenham presenciado o momento do suposto assédio.

    As denúncias contra Silvio Almeida foram divulgadas recentemente e envolvem outras mulheres, que teriam procurado o movimento Me Too para relatar casos semelhantes. A Polícia Federal já abriu um inquérito para investigar as acusações.

    Enquanto Anielle Franco ainda não se pronunciou publicamente, Silvio Almeida nega as acusações, afirmando que são parte de uma perseguição política contra ele. O Palácio do Planalto, em nota oficial, destacou que o caso será tratado com rigor e celeridade, reconhecendo a gravidade das denúncias. Nos bastidores do governo, a permanência de Almeida no cargo é vista como insustentável, embora ele tenha manifestado que não pretende deixar o posto e que, se for demitido, sairá “atirando”.

  • Deolane Bezerra é Processada por Fã que Alega Ter Perdido R$ 1 Milhão em Apostas Promovidas pela Influenciadora

    Deolane Bezerra é Processada por Fã que Alega Ter Perdido R$ 1 Milhão em Apostas Promovidas pela Influenciadora

    Deolane Bezerra, influenciadora e advogada, está no centro de uma nova polêmica, sendo processada por uma fã de Goiás que afirma ter perdido R$ 1 milhão em apostas divulgadas por ela em suas redes sociais. Poucos dias antes de ser presa em uma operação que investiga lavagem de dinheiro e jogo ilegal, Deolane foi alvo de uma ação movida por Arianny Rosa Pereira, que alega ter se viciado em jogos promovidos pela influenciadora no Instagram.

    De acordo com a coluna F5 da Folha de S. Paulo, o processo foi iniciado no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) no dia 2 de setembro de 2024. Arianny afirma que, influenciada pelas postagens de Deolane, vendeu seus bens para continuar apostando e pagar dívidas, resultando em um prejuízo de R$ 1 milhão. Ela agora busca uma indenização de R$ 50 mil por danos morais.

    A prisão de Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, ocorreu no dia 4 de setembro de 2024 pela Polícia Civil de Pernambuco. Ambas estão detidas na Colônia Penal Feminina do Recife. Conhecida por sua personalidade controversa, Deolane é uma figura pública com mais de 13 milhões de seguidores, famosa por exibir luxo e causar polêmicas, sendo uma das protagonistas em realities e eventos.

  • XP é acusada de coagir funcionário em operação que gerou prejuízo milionário

    XP é acusada de coagir funcionário em operação que gerou prejuízo milionário

    O empresário Marco Antonio Puerta moveu uma ação judicial contra a XP Investimentos, exigindo a devolução de R$ 15 milhões perdidos em um investimento realizado através da corretora. A transação, segundo Puerta, foi intermediada por seu filho, Gabriel Pietra, ex-funcionário da XP, que teria sido pressionado pelos superiores para convencer o pai a realizar o investimento, sem fornecer informações claras sobre os riscos envolvidos.

    De acordo com a denúncia, Gabriel Pietra enfrentou ameaças e constrangimentos constantes no ambiente de trabalho para que seu pai aderisse à operação financeira. Puerta alega que, em nenhum momento, foi alertado adequadamente sobre os possíveis riscos do investimento, o que contribuiu para a perda significativa.

    Em resposta ao caso, o juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42ª Vara Cível de São Paulo, concedeu uma medida liminar determinando a suspensão temporária da cobrança de juros relacionados aos empréstimos vinculados à operação. A decisão foi divulgada em 22 de setembro de 2024.

    A ação traz à tona mais uma controvérsia envolvendo a XP, que já enfrenta diversos processos judiciais de clientes alegando prejuízos milionários decorrentes de operações financeiras mal explicadas ou arriscadas. Segundo informações do Broadcast e da Folha de São Paulo, Gabriel Pietra teria sido pressionado a intermediar a transação em meio a ameaças de demissão, intensificando a acusação de condutas abusivas por parte da corretora.

    Contexto mais amplo

    Enquanto enfrenta essas controvérsias, a XP, sob a liderança de Thiago Maffra, continua expandindo suas operações. O CEO afirmou em recente entrevista que o modelo de negócios da empresa não depende diretamente do cenário macroeconômico, projetando um crescimento de receita para R$ 22,5 bilhões, conforme anunciado durante o evento Expert XP 2024.

    Apesar do crescimento contínuo e das projeções otimistas, as disputas judiciais como a de Marco Antonio Puerta lançam dúvidas sobre as práticas internas da corretora e seu tratamento com clientes e funcionários.

  • PF apreende 30 carros de luxo, joias e relógios em investigação de fraude bilionária com fintechs

    PF apreende 30 carros de luxo, joias e relógios em investigação de fraude bilionária com fintechs

    A Polícia Federal (PF) apreendeu 46 veículos, dos quais 30 são de luxo, durante a Operação Concierge, que investiga uma suspeita de fraude envolvendo R$ 7,5 bilhões através de duas fintechs. A operação realizada na quarta-feira (28) resultou na prisão de 14 pessoas e na execução de 60 mandados de busca e apreensão.

    As prisões ocorreram nas residências dos suspeitos localizadas em Campinas (SP), São Paulo (SP), Ilhabela (SP), Sorocaba (SP) e Americana (SP). Os veículos apreendidos, incluindo utilitários esportivos e carros de marcas como Porsche, Land Rover, BMW, Volvo e Mercedes-Benz, foram escoltados para o pátio da PF em Campinas e um estacionamento alugado pela corporação.

    Além dos carros, a PF também apreendeu joias, relógios, centenas de máquinas de cartão de crédito, documentos, celulares e computadores. Todo o material será submetido a perícia e ficará depositado em uma conta judicial. A Justiça ainda autorizou o bloqueio de R$ 850 milhões em contas relacionadas à organização criminosa.

    Operação Concierge: Esquema bilionário

    As fintechs envolvidas na investigação ofereciam serviços financeiros clandestinos, permitindo que pessoas e empresas com bloqueios tributários realizassem transações financeiras ocultas. Segundo a PF, o esquema teria movimentado R$ 7,5 bilhões, com as contas das fintechs sendo utilizadas por facções criminosas e empresas com dívidas trabalhistas e tributárias.

    Presos na operação

    Entre os presos estão Patrick Burnett, CEO do InoveBanco, e José Rodrigues, fundador do T10 Bank. Ambos foram detidos em Campinas, onde as fintechs têm suas sedes. Em nota, a Inove Global Group, responsável pelo InoveBanco, negou qualquer envolvimento com os crimes e afirmou que seus advogados ainda não tiveram acesso completo à investigação. A empresa reiterou que é uma companhia de tecnologia voltada para meios de pagamento, e não uma instituição financeira ou banco digital.

    Fintechs sob investigação

    Fintechs são empresas que atuam no setor financeiro utilizando intensivamente a tecnologia, oferecendo soluções como maquininhas de cartão de crédito e débito. As fintechs investigadas pela PF ofereciam contas para pessoas com altos débitos e bloqueios tributários, permitindo que elas realizassem transações sem serem detectadas pelo Sistema Financeiro Nacional.

    Mandados cumpridos

    Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 7 de prisão temporária e 60 de busca e apreensão, todos expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas. As operações ocorreram em 15 cidades de São Paulo e Minas Gerais, incluindo Campinas, Americana, Valinhos, Paulínia, Jundiaí, Sorocaba, Votorantim, Embu-Guaçu, Santana do Parnaíba, Osasco, São Caetano do Sul, São Paulo, Barueri, Ilhabela e Belo Horizonte (MG).

    Esquema financeiro

    As fintechs envolvidas no esquema utilizavam contas correntes em bancos comerciais para movimentar os valores dos clientes de forma “invisível”. Este método permitia que os clientes realizassem transações sem que seus nomes aparecessem nos extratos bancários, mantendo assim seus patrimônios fora do radar das autoridades.

    Consequências legais

    Os investigados serão processados por crimes como gestão fraudulenta de instituições financeiras, operação de instituição financeira não autorizada, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa. A Justiça também determinou o bloqueio das atividades de 194 empresas envolvidas e a suspensão de inscrições na OAB e registros de contadores associados ao esquema.

    O nome “Concierge” da operação faz alusão à oferta de serviços clandestinos para ocultação de capitais, comparando o esquema aos serviços personalizados oferecidos por profissionais de concierge

  • Empresário ligado ao Lide, fundado por Doria, é preso em operação da Polícia Federal

    Empresário ligado ao Lide, fundado por Doria, é preso em operação da Polícia Federal

    Patrick Burnett, CEO do InoveBanco, foi preso na quarta-feira (28) durante a operação Concierge da Polícia Federal. A operação investiga possíveis crimes financeiros e lavagem de dinheiro supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), utilizando bancos digitais para movimentar aproximadamente R$ 7,5 bilhões.

    Burnett, além de ser o fundador do InoveBanco, é curador de inovação no Lide (Grupo de Líderes Empresariais), uma entidade criada pelo ex-governador João Doria. De acordo com o Lide, a função de Burnett é voluntária, sem vínculo empregatício ou cargo executivo, limitando-se à proposição de temas para eventos de inovação. Ele ocupa essa posição desde maio de 2023.

    Em resposta às acusações, a assessoria do InoveBanco negou qualquer envolvimento nos crimes investigados. “A empresa nega categoricamente qualquer relação com os fatos mencionados pelas autoridades e divulgados pela imprensa, o que será comprovado ao longo do processo. Reafirmamos nossa total disposição em colaborar com as investigações”, declarou a assessoria.

    José Rodrigues, fundador do T10 Bank, também foi preso durante a operação. Ambos foram detidos em Campinas, interior de São Paulo, onde os bancos digitais têm suas sedes. O T10 Bank não se pronunciou diretamente à imprensa, mas, em nota publicada no Instagram, repudiou as acusações e reafirmou seu compromisso com a integridade.